Deixa Falar o Coração

sexta-feira, 20 de março de 2009


(Para ler a sinopse - aqui)



A minha opinião:


Depois de ter lido um livro pesado, quase escuro como carvão - aqui, precisei de uma leitura mais leve, de uma história que me desse um pouco de calor e luz, que me fizesse sorrir e ter de novo a alegria de viver, e sobretudo que me fizesse voltar a acreditar na bondade e amizade das pessoas. E este livro veio mesmo a calhar!

Na verdade, o título não é nada apelativo, faz parecer com que se trata de uma história de amor ou algo assim para o lamechas. Devo dizer que este título é redondamente enganoso ou “desencaixado”. Ainda por cima, a capa tem cores tristes, frias, apáticas, parece estar a transmitir uma imagem de abandono… Aquele cartaz do café-restaurante realça ainda mais a negatividade, parece que ainda não abriu. O “abre brevemente” fora uma ideia de um grupo de amigos, uma piada apenas (pronto, não conto mais!).

Então, o que é que este livro fez com que me agarrasse a ele e começasse a lê-lo? Fora a frase, aquela que se encontra traçada a preto sobre as nuvens da capa do livro e as últimas palavras da sinopse.

«Um olhar cheio de Sol sobre o lado negro da vida. » - Kirkus Reviews

“(…) história comovente e optimista (…) não perca esta obra, humaníssima (…) ao ensinar a todos o que é a generosidade, a solidariedade e o amor”

Assim foi, entrei um pouco esperançada nesse pequeno mundo, o do café-restaurante, e surpreendeu-me!

Encontrei personagens maravilhosas: Caney, o dono do “Café” – paraplégico vitima da guerra no Vietname, Vena Takes Horse – uma mulher de personalidade forte com sangue índio que reserva um segredo há muito enterrado, Bui – o tão sensível e amoroso Vietnamita que está sozinho nos EUA, Molly O. - uma mãe espectacular de uma filha tão problemática, entre outros. São Vena e Bui que vão alterar o clima do café e cativar o coração de todos.

Enquanto durou a leitura, foi delicioso estar ao lado das personagens. Proporcionou-me momentos de gargalhadas, sorrisos, lágrimas, emoções… Adorei!

A escrita não é nada de especial, está muito longe de ser uma obra-prima. Mas lê-se bem, é apenas uma porta para entrada a este mundo ficcional.

Classificação: 3/5

(Obrigado a uma pessoa do bookcrossing por me ter dado a sugestão de ler este livro que eu desconhecia por completo e por ter tido uma amabilidade extrema de mo emprestar)